22/05/2017

Calma

E o vento trouxe a calma, para minha alma. Que já nem cabe mais em mim, que já nem cabe mais aqui. Alma tão comum e ainda assim, tão única. Toda alma há de ser única, pura, eterna. E mesmo sem testemunha, ela vive e prospera. Ah, a minha alma, ela é melhor que eu, melhor que o eu que eu te mostro, melhor que o eu que eu vejo. Ela brilha no escuro, grita em silêncio, sente o peso do mundo. E eu, que mal sei o que faço, queria ser, de vez, a minha alma, e não esse pedaço. Ela sim, pode amar, ela sim, sabe errar, ela sim, vai aprender. Porque ela não tem medo, ela é só sentimento, ela é só sensação. E eu, aqui, em segredo, sou só desejo, dessa imensidão.
Mas o vento trouxe a calma, e a eternidade me calou. Descobri que toda alma, um dia se mostrou.

Um abraço a todos,
— Larissa Broedel

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